Após encontros com autoridades chinesas e empresários na sexta-feira (24), o ministro Carlos Fávaro falou sobre as ações brasileiras para fortalecer a parceria comercial entre os dois países.
O Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, considerou positivas as reuniões realizadas pela comitiva do ministério junto ao governo e empresários chineses, na sexta-feira (24), para tratar de novas oportunidades econômicas entre o Brasil e a China. Durante todo o dia, o ministro participou de seminários, reuniões e encontros com esse objetivo. Em todos, Fávaro reafirmou a importância do fortalecimento da relação comercial com o país asiático.
“Falamos de oportunidades de crescimento, de novos produtos para nossos negócios, da geração de novos empregos. Foi um dia de reuniões preparando protocolos que vão ser assinados pelo presidente Lula e o presidente da China, Xi Jinping”, disse o ministro.
Ele participou de dois seminários realizados pelo Mapa e a Embaixada do Brasil para discutir a inclusão de produtos agrícolas na carteira de negócios dos países, o uso da biotecnologia, o aumento de investimentos no setor e as parcerias na área de infraestrutura, entre outros assuntos. Os eventos serviram para aproximar empresários brasileiros e chineses nos setores em que Brasil e China atuam em conjunto e para a discussão de oportunidades de comércio, investimentos e cooperação entre eles.
Para o diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Marcel Moreira, os encontros ainda foram oportunidade para que o Brasil reforçasse os aspectos de qualidade, sanidade e confiabilidade do produto brasileiro.
“Os seminários foram importantes também para reforçarmos os laços afetivos entre Brasil e China, o interesse brasileiro de cooperação e para vermos que existe muito espaço para aumentar a relação comercial entre os dois países”, avaliou Marcel Moreira.
Pesquisa
No Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Fávaro conversou sobre os termos de cooperação de pesquisa entre a Embrapa e o órgão equivalente chinês. A neutralização da emissão de carbono, com destaque para o programa ABC, o uso de biopesticidas e bioinsumos, considerados para baratear o custo da produção agrícola de forma ecologicamente correta, foram alguns dos assuntos abordados pelo ministro durante a visita.
“A China tem um grande estudo de pesquisa nesse sentido que vai ser muito importante para o Brasil”, disse.
Mais investimentos
Outro compromisso do ministro foi na principal empresa chinesa de investimentos no agronegócio brasileiro, a Cofco, que é a maior compradora de soja, milho, cana-de-açúcar e o maior trader (comerciante) do agronegócio chinês que opera no Brasil. Segundo informou, a reunião com o chairman da Cofco e estrategistas da empresa teve como foco novas oportunidades de negócios com o Brasil.
“Fomos levar a eles nossas mensagens de reciprocidade, de intensificar nossos negócios em agricultura com sustentabilidade, falamos de infraestrutura logística – e eles já estão investindo no Porto de Santos para ajudar nossa infraestrutura ficar mais competitiva para ganharmos mais espaço no mercado chinês”, disse Fávaro.
Fonte: Notícias Agrícolas – Agricultura