SINCOBESP

O que são Graxarias?

As graxarias são empresas, em boa parte centenárias, que coletam e processam subprodutos de açougues, peixarias, matadouros de bovinos, aves, suínos, penas, ossos, gorduras e sangue. Todos esses produtos são transformados em sebo e em farinhas de carnes, ossos, sangue, pescado e penas, utilizadas na produção de rações para criação de animais ou de adubo.

PRODUTOS

• Ácido Oléico
• Ácido Esteárico
• Ácido Graxo
• Sebo Bovino
• Glicerina
• Farinha de Carne e Ossos

DERIVADOS

• Sabão, Shampoo e Sabonetes
• Batom e Cosméticos
• Síntese da Borracha
• Amaciante
• Ração Animal
• Doces, Cremes e Xaropes
• Tintas, Pigmentos e Vernizes
• Biodiesel

O Sincobesp (Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de Origem Animal) representa as empresas ligadas a essa atividade e é responsável por intermediar o diálogo entre o setor e os órgãos de meio ambiente, em nível municipal, estadual e federal.

Dentre as principais funções do Sindicato está a defesa da imagem das graxarias, uma vez que realizam atividade fundamental para a preservação do meio ambiente, ao evitar a degradação desses subprodutos perecíveis e poluentes em águas, solo e ar, evitando assim, a proliferação de insetos e roedores.

Embora a maioria das empresas esteja fora dos grandes centros, o crescimento das cidades, acabou por aproximar a comunidade dessas empresas, criando algumas situações de desconforto em função do odor gerado pela atividade. Ao longo dos anos e com o avanço tecnológico, esse problema diminuiu muito, mas ainda aparece como fonte de insatisfação de alguns moradores.

“Neste contexto encontra-se a graxaria, indústria que processa subprodutos animais sem fins de alimentação humana direta, sendo uma solução oportuna para que aqueles subprodutos que não têm perspectivas de serem eliminados com melhorias no processo não se percam como resíduos. Além dos subprodutos não comestíveis das indústrias da carne, as graxarias também processam os alimentos impróprios apreendidos pelas autoridades sanitárias, que se valem desta indústria como a melhor opção para o descarte, pois impede que o produto seja comercializado ou consumido, evitando a propagação de agentes causadores de enfermidades e a poluição. Em face dessas considerações, a graxaria deveria ser considerada atividade de utilidade pública e ambiental, assim como o tratamento de lixo e de esgoto urbano. A graxaria não resolve o problema da sustentabilidade da indústria de carne, mas se constitui numa opção adequada para a destinação dos subprodutos desta atividade, com potencialidade para o fornecimento de produtos de mais alto valor agregado do que os tradicionais sabão, farinha de carne, ossos e sangue” (Fonte: Revista Brasileira de Zootecnia /On-line version ISSN 1806-9290 /R. Bras. Zootec. vol.39 supl.spe Viçosa July 2010 /http://dx.doi.org/10.1590/S1516-35982010001300054)