O presidente do SINCOBESP, Nelson Braido, participou na sexta, dia 14, da reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que contou com a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Conduzido pelo presidente do Cosag, Jacyr Costa, o encontro teve como tema central o Plano Safra.
O setor receberia inicialmente R$ 441 bilhões e o montante se eleva agora para algo em torno de R$ 500 bilhões. O ministro destacou o empenho do governo Lula e do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além do trabalho desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), para alcançar a liberação desses recursos.
Em um período de preços ‘achatados’ para o milho e a soja, a falta de armazenagem foi um fator ‘gritante’ para os produtores, mas os incrementos para o segmento foram oferecidos, em sua avaliação. Para o ministro, o Plano Safra cumpre essa finalidade, dirimir incertezas quanto à falta de recursos.
Atualmente, o Brasil é um dos quatro países que ainda não apresenta crise aviária. O país detém 35% da comercialização mundial de carne de frango. Segundo Fávaro, a alta demanda pelo produto brasileiro no mercado global pode ser atribuída aos cuidados sanitários dos produtores e à transparência do país em situações de crise. Por isso, ele mencionou a importância da integração do Ministério com o IBAMA e com a pasta da Saúde para dar continuidade a esses resultados.
A novidade trazida pelo ministro, e que será anunciada na próxima segunda-feira (17/7), é que o Brasil contará com a abertura de um 25º mercado para a agropecuária. No acordo estipulado, há uma norma que, se ocorrer algum episódio de gripe aviária, a exportação não precisará ser paralisada em todo o país, apenas na região afetada.
Outros pontos abordados por Fávaro foram a participação da agricultura no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) pela primeira vez na história, a importância do seguro agrícola e o retorno da taxa de importação da borracha e do etanol para valorização dos produtores nacionais.
O ministro finalizou sua fala destacando seu propósito para o futuro. Segundo ele, um dos seus desafios é ser conhecido “como ministro contemporâneo, que pensou à frente do tempo, trazendo a sustentabilidade como um ativo e modernizando as linhas de crédito.”
O encontro também teve a participação do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Antonio Julio Junqueira de Queiroz, membros da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e outros representantes do setor. Queiroz relatou que o agronegócio vem crescendo no estado e já representa 38,1% da balança comercial paulista. São Paulo é 15,3% do agronegócio brasileiro, apesar de ocupar apenas 3% do território nacional, disse ele.