Presidente da Fiesp recebe o ministro Casa Civil, coordenador do novo PAC, para encontro com empresários no qual o programa e os investimentos foram apresentados; o presidente do Sincobesp, Nelson Braido, e a Dra. Talita Ferrari estiveram presentes no evento
Lançado nacionalmente neste mês, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, chamado de PAC 3, terá o aporte de R$ 1,7 trilhão em obras por todo o país. O presidente do Sincobesp, Nelson Braido, e a Dra. Talita Ferrari marcaram presença no evento. Para tratar do assunto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi recebido pelo presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, em evento realizado na tarde de quinta-feira (24/8), na sede da entidade, e com transmissão no canal da Fiesp no YouTube.
“O investimento em infraestrutura é absolutamente fundamental para que o Brasil se reindustrialize, porque indústria e infraestrutura são irmãs siamesas. Para recuperar o mesmo nível de infraestrutura que teve há algumas décadas, o país precisaria investir R$ 350 bilhões por ano”, disse Josué.
O presidente da Fiesp afirmou que o novo PAC vai organizar o investimento em infraestrutura e considera a coordenação do setor público como um passo necessário para impulsionar o investimento do setor privado.
Ao falar sobre as características do novo PAC, o ministro Costa explicou que serão prioridades a transição ecológica e projetos com efeito multiplicador, com capacidade de destravar investimentos privados. A previsão do governo é criar 2,5 milhões de empregos diretos e 1,5 milhão indiretos por meio do novo programa.
“O cenário internacional coloca o Brasil como a bola da vez, com muitas oportunidades. Mas o primeiro pressuposto para o PAC é ter como base a transição ecológica e energética. E precisamos de projetos que destravem outros investimentos”, disse o ministro.
Outro aspecto do PAC 3 e sua principal diferença para os anteriores é o investimento em parceria com o setor privado, por meio de concessões ou Parcerias Públicos Privadas (PPPs). Do total estimado pelo governo, a previsão é de que se invista o montante de R$ 1,3 trilhão até 2026 e o valor residual nos anos seguintes.
Do total, espera-se que R$ 612 bilhões venham do setor privado. O Orçamento Geral da União (OGU) deverá responder por R$ 371 bilhões dos investimentos. Outros R$ 343 bilhões virão de empresas estatais e R$ 362 bilhões de financiamentos. “Todos os projetos que tenham viabilidade econômica para serem concessões ou parcerias público-privadas (PPPs), serão feitos dessa forma”, garantiu Costa.
Entre as obras previstas para São Paulo constam a implantação de túnel entre Santos e Guarujá, a extensão de diversas linhas do metrô da capital, o trem intercidades e outras obras estruturantes modeladas como PPPs. Em setembro, haverá a seleção de projetos de estados e municípios, relacionados às áreas de saúde, educação, cultura, esporte, e o lançamento oficial do PAC 3 em São Paulo, em data a ser definida.
O ministro enfatizou o fato de que o novo programa foi elaborado de acordo com o espaço orçamentário disponível no arcabouço fiscal, recém-aprovado pela Câmara, e que o valor dos financiamentos dos bancos públicos foi estudado previamente. “Verificamos as possibilidades para montar o PAC. Queremos ser muito responsáveis e comprovar que é possível ter responsabilidade fiscal e garantir crescimento, emprego, renda e investimento”, concluiu Costa.
Fonte: Fiesp