Maior evento do setor de proteína animal do Brasil, o Salão Internacional de Proteína Animal (SIAVS) superou todas as expectativas estabelecidas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), entidade organizadora do evento realizado entre os dias 6 e 8 de agosto no Distrito Anhembi, em São Paulo (SP).
Com projeções iniciais de 25 mil visitantes, a maior edição já realizada do SIAVS alcançou 30 mil credenciados, provenientes de mais de 60 países – especialmente da América Latina, Europa e Ásia.
O evento teve participação de inúmeras entidades do setor, inclusive do Sincobesp, por meio de seu presidente Nelson Braido, que durante os três dias do encontro fez contatos com empresas do segmento e apresentou a elas as ações do sindicato.
Tendências para proteína animal
Perspectivas para a participação da cadeia produtiva brasileira no mundo foram debatidas em painel com líderes setoriais estrangeiros, que apontaram que o aumento da demanda em países emergentes e a busca crescente por biossegurança tem criado um cenário cada vez mais favorável para o Brasil.
Três dos maiores especialistas do setor no mundo estiveram reunidos para tratar do tema: o italiano Nicolò Cinotti, secretário-geral da International Poultry Council (IPC), a chinesa Yu Lu, vice-presidente da câmara de comércio da China (CFNA) e o norte-americano Greg Tyler, presidente da USA Poultry and Egg Export Council (USAPEEC).
Cinotti apresentou uma projeção de crescimento de consumo de carne de aves no mundo de 16% até 2033. Segundo ele, quase 80% dessa demanda virá de países de renda média, como o Brasil, que é líder global de exportações no segmento e tem aumentado progressivamente no mercado, junto com a China e a Tailândia, enquanto os Estados Unidos estagnaram. “O futuro das carnes de aves para países como o Brasil é brilhante”, resumiu.
Outra boa perspectiva para a proteína animal brasileira vem da China. O país — que já é o principal destino das embarcações nacionais de frango e suínos — apresenta demanda crescente, sobretudo por produtos orgânicos. “Alguns estudos mostram que muitos consumidores chineses estão dispostos a pagar de duas até três vezes mais por produtos saudáveis, seguros e sustentáveis”, explicou Yu Lu. “A mensagem é: nós queremos carne. E o Brasil tem um potencial muito grande de expandir esse mercado conosco”, completou.
Já os Estados Unidos, líderes mundiais na produção avícola, com 17% do mercado, — seguido por Brasil (12%) e China (11,5%) — têm visto o Brasil ascender no cenário global impulsionado por questões como a biossegurança. “Antes o Brasil olhava para os EUA e agora nós olhamos para o Brasil para ver o que vocês estão fazendo”, brincou o presidente da USAPEEC, destacando a liderança brasileira em exportações de frango, de 34,4% contra 25,8% dos norte-americanos.
Fonte: siavs.com.br – com acréscimos